30 de janeiro de 2009

Cabeça Boa?










A vergonha nas bordas da malta do cacau. Mais uma glória autárquica. Lixeira livre à vontade do freguês - automotivos, mobiliários, restos de obra, o diabo a sete. A GNR passou por lá e trocamos umas impressões. A cena deles ou é o flagrante ou então elaboram umas notificações que depois são apreciadas e coisa e tal, mas prontos não trazem máquinas fotográficas, o chefe não sabe ao certo...

Também não é caso para tanto alarido, A Herdade da Cabeça Boa irá ser palco de mais um esplendoroso campo de golfe de 18 buracos, investimento da Solverde em 30 milhões (dizem) lá para 2010. Depois logo se limpa.


É um manancial de tralha onde alguns bovinos se entreteém. Viva a civilização, né?

Botabaixo o mamaraixo









Podia ser uma canção pimba, quem sabe? Não querem participar (ó indómitos bloggers) tipo concurso? Há prémios (nada de significativos mas com banho de ouro) a sério e tudo.
Aqui vai uma ópera trágicómica de edifícios mal dimensionados que depois de várias tentativas de vida artificial vão mesmo pró galheiro. Eu cá alugava aquilo para fazer telenovelas à algarvia. Ou então mais exótico ainda alugava a marroquinos a preço de saldo para desbundarem uma Medina, a chineses de uma pequena e próspera cidade para fazerem uma Chinatown de férias, a indianos sedentos de terem uma Bollywood no ocidente ou ao George Lucas para guardar a colecção de bonecos. Porque não ao pessoal que vai sobrar de Guantánamo?

É tudo muito engraçado mas esta merda está pior do que parece. Depois eu é que sou pessimista e tal. Efeito dominó ou borboleta vai tudo pró maneta.

Praia do cimento e seu tormento. O colapso dos prédios novos:

27 de janeiro de 2009

Metacataclismo












Pois o camandro do fotógrafo é que não tem jeito nenhum para captar as belezas e depois toca a cascar/ ribombar na região. Será?



24 de janeiro de 2009

Com acordo ou sem ele dá-lhe na horta







O que segue é ok, um pouco desbocado, mas até o Eugénio de Andrade e penso que o Fernando Namora, apesar de santinhos também se libertaram.

Liberte-se leitor.


Millôr Fernandes (enviado pela menina do mar)


O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à
quantidade de "foda-se!" que ela diz.
Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"?
O "foda-se!" aumenta a minha auto-estima, torna-me uma
pessoa melhor.
Reorganiza as coisas. Liberta-me.
"Não quer sair comigo?! - então, foda-se!"
"Vai querer mesmo decidir essa merda sozinho(a)?! - então,
foda-se!"
O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição.
Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos
extremamente válidos e criativos para dotar o nosso vocabulário
de expressões que traduzem com a maior fidelidade os nossos
mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo a fazer a sua
língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que
vingará plenamente um dia. .../...


O resto só a pedido.

23 de janeiro de 2009

Na rota do Remexido















Hoje, vamos fazer um passeio até à bela localidade algarvia de São Bartolomeu de Messines, onde muitos e variados horrores esperam o visitante.

Terra bastante pródiga, agradará certamente a quem gosta de ser agredido nos sentidos. A visão e o olfacto serão particularmente afectados.

Neste roteiro, recomendamos uma visita ao particularmente feio e disfuncional, largo do mercado. Um espaço amplo no meio da vila, que em dias normais serve de estacionamento a todo o tipo camiões pesados.

Para além da gastronomia tradicional, aqui o visitante encontra uma panóplia de casas de traça antiga, perfeitamente devolutas, em ruínas, e deixadas ao abandono.

Recomendamos também que suje os sapatos à porta da fábrica de derivados de alfarroba.

Se procura investir num negócio, aqui encontra inúmeras lojas vazias para alugar e espaços comerciais falidos, à espera de um interessado.

Resta dizer que quem gosta de sítios deprimentes, vai certamente amar a terra onde se casou uma figura mítica da história do Algarve.

José Joaquim de Sousa Reis (o Remexid0), por aqui casou. Queimaram-lhe a casa, açoitaram-lhe publicamente a mulher (castigo vulgarmente dado às prostitutas) por fim, mataram-lhe um filho de 14 anos, por não gostar do sistema vigente.

22 de janeiro de 2009

Mamma mia









Ólhó passarinho!

Ir e Voltaire:

"Como é horrível odiarmos quem desejávamos amar."
"O meu ofício é dizer o que penso."
"A primeira lei da natureza é a tolerância; já que temos todos uma porção de erros e fraquezas."
"Devemos julgar um homem mais pelas suas perguntas que pelas respostas."
"O acaso é uma palavra sem sentido. Nada pode existir sem causa."

Mamarrachos à solta



Bem vindos ao estrepitoso e catastrófico mundo do destrocho na paisagem. Mais um blog para fornecer fotografias situacionistas e comentários desnecessários à actual algarviada.
"Abandoneis toda a esperança, vós que entrais no inferno".