27 de março de 2009

Rebuliço fuss Aufregung





Valesca Popozuda, vocalista da 'Gaiola das Popozudas' atrapalhou .../... http://www.titinet.com.br/news/valesca-popozuda-causa-rebulico-em-motel-com-sessao-de-fotos-10610.html
Tá tudo num corropio afinal, tudo a tapar buraco, a ajeitar passeio, tudo a acabar obra social na braza, tudo a fazer estrada boa, praça linda, retunda baril, qual é a crise meu? Só falta mesmo é um calçadão geral para a Popozuda e afins vir agitar a galera aqui por exemplos de Lagos a lagolândia.
Bota pá quebrá camarada!
http://www.linda.com.pt/ (depois de consultar o laboratólarilolela)


Desflorestar por aí





Desflorestação, desflorestamento ou desmatamento é o processo de desaparecimento de massas florestais, fundamentalmente causada pela atividade humana. a desflorestação é diretamente causado pela ação do homem sobre a natureza, principalmente devido à destruição de florestas para a obtenção de solo para cultivos agrícolas e pela extração da indústria madeireira.
Uma consequência da desflorestação é o desaparecimento de absorventes de dióxido de carbono, reduzindo-se a capacidade do meio ambiente em absorver as enormes quantidades deste causador do efeito estufa, e agravando o problema do aquecimento global.

(Palmeiras à parte)
Ao nématodo do pinheiro dai-lhe o silêncio que aqui ninguém o ouve e o D. Dinis já está a fazer tijolo há muito ano, a cortiça também tem a sua némesis mas o tal Amorim é um dos homens mais ricos da parvónia portanto charope, o eucalipto essa praga das austrálias mas cheio de propriedades é óptimo para a especulação florestal e para deitar fogo então é mesmo bom, basta contratar uns burgessos sem escrúpulos e bota práquecer, aqui ninguém apanha ninguém ou se tal já vai fora de prazo. Tens um terrenito com umas quantas árvores? Passa isso a patacos e constrói lá umas quantas casas ao terreiro do sol com umas belas dumas novas árvores nascediças, depois é só concorrer para a cena da energia solar e pronto tá feita a tua contribuição ecológica. Boas andam as velhas oliveiras que de transplante em transplante aparecem em tudo quanto é rotunda, golfes, cantinhos da autarquia e pelo visto o bicho se lhe deu já se lixou à muito.
Andam a destruir esta porra de país: nem história, nem sociologia, nem antropologia, nem arte, nem gastronomia, nem pescas, nem agricultura, nem crescimento moderno e sustentável, vai tudo mas é pró galheiro. Que falso progresso é este do chico esperto e do corrupto? Que democracia é esta com esta capacidade de destruição e desleixo? Retóricas meu caro Caruso.

24 de março de 2009

Sem vento



Este mausoléu será uma futura pousada em Monchique. Todos os conventos serão pousadas um dia.

A foto vem deste blog de Monchique: http://www.monscicus.blogspot.com/ um pouco lento porque está recheado de material variado, algum dele também acerca dos destrochos serranos.

22 de março de 2009

Amendoeira Golf Resort - megalomania, onde?

Não há crise que páre a obra, não há árvore que resista, nem água que sobre (depois da rega, das piscinas e dos autoclismos).

Sejam bem-vindos ao Amendoeira Golf Resort, no concelho de Silves - uma obra de 400 milhões de euros - com todas as benesses de Projecto de Potencial Interesse Nacional (PIN).

Ainda há casas à venda? Excelente, pois nós também queremos uma mansão com 18 quartos e dez garagens, igual à do xeque Abdul Al-drabon das Arábias.

Nós, que também queremos jogar golfe aqui, à conta dos lucros da nossa empresa bem portuguesa. Refira-se que o segredo do nosso sucesso financeiro deve-se sobretudo à gestão dos recursos humanos (estágios não-remunerados, recibos verdes, contratos a prazo, mão-de-obra estrangeira a ganhar o salário mínimo nacional, colaboradores sem descontos para a segurança social, etc)...
É que este empreendimento apresenta uma qualidade garantida para a prática de golfe, já que os dois campos foram desenhados por ‘craques’ da modalidade: Nick Faldo e Christy O’Connor Jnr. Será que o poderiam fazer no país deles? Não, porque lá não têm este sol!

Para além dos campos de golfe, o Amendoeiras Golfe Resort assenta sobre uma unidade hoteleira de cinco estrelas, um aldeamento turístico também de cinco estrelas, três condomínios residenciais, moradias uni-familiares e vilas de luxo em lotes de grande dimensão, num total de 1600 camas turísticas. Não vão faltar vizinhos neste rich man's playground no Algarve.

Esta bem poderia ser a nossa futura compra, mas nós exigimos uma piscina olímpica completa, e não esse charco para rãs, ora!

A arquitectura é fantástica, faz lembrar alguns países de África.

"Rua do Ouro", humm, se calhar é um pouco nouveau rich, até para nós. Que maçada!

E cá está. Esta unidade de capitais ingleses e irlandeses desenvolve-se numa área de terreno de 259 hectares e apresenta um total de 800 fracções de interesse nacional.

Se quiserem, façam uma visita, porque vale a pena ver como o dinheiro mexe montanhas.

Reis e Palácios




Hoje conduzi até Sevilha, sem portagens e com gasóleo espanhol, que é como quem diz, mais barato (que ir de Faro a qualquer outra cidade portuguesa).

Um caminho ladeado de estufas de morango bem organizadas, pomares carregados, provas de uma agricultura moderna e produtiva.

No regresso ao meu querido país, a paisagem à beira da estrada muda radicalmente.

É só passar a ponte e há buracos, bidãos derramados, porcaria, entulho, restos do último incêndio, terra abandonada, "vende-se", tudo o que espelha uma nação bananesca.

Contudo, observo que deste lado da fronteira circulo entre reis.

Imponentes automóveis de luxo cruzam o asfalto, cada um mais caro que o outro.

E onde vivem esses REIS? Em verdadeiros PALÁCIOS, claro...

21 de março de 2009

Entrada de cidades e vilas








O aviltamento das cidades é obra de muitos. A nossa democracia ainda não conseguiu definir um padrão de intrevenção minímo para apresentar aos nossos visitantes, desde o Sr. Carlos Tremoço até ao Rei da Minhoca passando pela Imperatriz dos plásticos, vilas e cidades com aspecto acolhedor. O turismo essa fonte de riqueza gosta de gastar milhões em promoção e projectos PIN de encher o olho mas cujo pormenor, continuidade e ligação às comunidades existentes deixa muito a desejar. Os arquitectos, que os há muitos e bons, têm pouco trabalho e os que tem trabalham para os riquinhos, os empreiteiros não querem fazer obras menores isto para não falar dos javardolas que se deviam dedicar a outra profissão, os trabalhadores são quase todos importados dando uma falsa ideia de mão de obra qualificada, a qualificação e a formação é um perfeito embuste, os autarcas aceleram nos seus SUV ante estes cenários cardamónicos. As pessoas eternamente resignadas lá vão roendo as mágoas em petisco e vinho barato. Eu próprio blogo. Tenhamos vergonha.
Houve um dia o Miguel de Unamuno que nos chamou país de suicidas...

20 de março de 2009

Avidez ácida





Abruptamente apático devido ao Sueste eis-me de novo em campo só para reluzir alguns dos temas que acho que podemos encaminhar aqui por este blog hórrido, ávido de destrochos:

a- a entrada das cidades e/ou vilas

b- as fábricas de tijolo

c- os estaleiros e seu estanderete

d- as urbanizações falidas

e- os sítios pipis c/ lástimas

f- os impactos ambientais sempre

g- a areia que nos querem deitar para os olhos

h- avultadas obras de vulto

i- arraiais de charuto

j- a agricultura javarda e suas obras de arte

l- a fraqueza dos ministérios (alto lá com o charuto!)

18 de março de 2009

Gipsy Kings at Faro




Imagens dos meus vizinhos em Faro.
Ainda assim prefiro estes, que os aqui do prédio fino onde moro ao lado de pessoas finas e importantes que conduzem Mercedes e BWMS, mas a merda dos cãezinhos de estimação corre livremente há quatro anos para o terraço da casa onde todos os meses pago renda pontualmente.
Qual será a diferença, então?

15 de março de 2009

No Fundo do Fundo


Ora quem adivinha o que isto é?

Um monumento? Uma antiga fábrica de conservas de sardinha?

Uma ruína rústica com projecto aprovado "for sale"?

Uma obra de arte contemporânea?

Não, isto é....


... um belo exemplo de como são gastos os dinheiros públicos dos contribuintes portugueses e dos fundos europeus...

Sejam bem-vindos ao Centro de Abate, transformação e comércio de Aves, Lda, em Bela Salema, Faro, Março de 2009.

Avisamos desde já os leitores moralistas e preocupados com a questão do trespasse da propriedade privada (?) que não invadimos nada, pelo simples facto de não existirem (há muito tempo a julgar pelos sinais de abandono e decadência) portas, nem grades, nem cercas, nem nada que impeça a entrada nestas magníficas instalações.

Há fezes, lixo, vestígios de toxicodepêndencia e porcaria por todo o lado. Talvez em Mogadiscío haja coisas deste género. A única diferença é que lá não recebem dinheiro da Europa.

Os amigos do alheio também já cá estiveram à cata de alumínios. Afinal, é justo que beneficiem dos fundos comunitários, tal como outros colegas que por aí andam de Mercedes e BMW topo-de-gama (gama, gama)...

Por outro lado, vários artistas contemporâneos já cá estiveram a fazer intervenções, muito interessantes.

E termina assim a nossa visita a este belo desperdício, financiado pelo Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola (FEOGA).

Venham mais fundos, enquanto vamos para o fundo!

11 de março de 2009

Comércio da Quinta do Morcego







Segunda-feira, pela hora da procura do almoço, mas o local existe em todo o seu lúgubre esplendor todos os dias a funcionar. É bem central, junto a muitas amenidades, tem muita circulação de clientes e potenciais clientes, os preços são de arromba, as oportunidades inúmeras: louças, algodões, calçado, perfumes, DVD...
Situado nas imediações de uma antiga fábrica de processamento de mármores, delicia o mais indefectível disciplo do género "gore" vital.
Nas traseiras o guarda do evento goza de todas as qualidades da vida ao ar livre. Os restos lança-os às malvas. Portimão no seu melhor.

"DESGRAÇA é variada. O infortúnio da terra é multiforme. Estendendo-se pelo vasto horizonte, como o arco-íris, suas cores são como as deste, variadas, distintas e, contudo, intimamente misturadas. Estendendo-se pelo vasto hori-zonte, como o arco-íris! Como é que, da beleza, derivei eu um exemplo de feiúra? Da aliança da paz, um símile de tristeza? Mas é que, assim como na ética o mal é uma conseqüência do bem, igual-mente, na realidade, da alegria nasce a tristeza. Ou a lembrança da felicidade passada é a angústia de hoje, ou as agonias que existem agora têm sua origem nos êxtases que podiam ter existido. "

Edgar Allan Poe