Um oasis de horrores

Há uns tempos deu uma noticia na TVI relativa à destruição de uma Via Romana com 2000 anos, na freguesia de Moncarapacho, Olhão.

O que se passou foi que um empreiteiro a cargo da Camara Municipal de Olhão, destruiu parte da via romana, para passar uns canos para umas vivendas para ricos.

E assim, devido à estupidez, falta de cultura, insensibilidade, desleixo e incompetência da CMO, se perdeu parte da História daquela região.

Há uns tempos encontrei este bonito outdoor que é um resumo perfeito para Portugal em geral e o Algarve em particular.

Olhão da destruição

Sempre gostei de Olhão. Das suas gentes, da beira-ria e da vivência com o mar, algo que não acontece em Faro, que é a cidade do meu coração, onde constitui família e escolhi para criar a minha filhota farense de gema.

Sempre gostei de Olhão, que infelizmente, é só destruição. Numa ponta faz-se um hipermercado para dar a machadada final no pequeno e moribundo comércio tradicional. Noutra, constrói-se mais um playground para os vampírios do Tejo cá virem gozar à conta.

Para quem cá vive, fica isto.

Crosta Vicentina

Os ventos fortes dão cabo de tudo, não se consegue ter as coisas arranjadinhas. E então o ar do mar com o corrosivo sal que descasca tudo? Os campos é bom que fiquem assim intactos para ter este ar selvagem e natural. A passarada gosta.

Lisbon Story

"Atualmente o imóvel encontra-se num estado de abandono e degradação, no centro de uma disputa judicial quanto à sua posse, envolvendo várias entidades."

Lisboa diverte-se apesar da crise. O lixo esse espalha-se como um vírus e ninguém dá conta dele, imagino a balbúrdia que vai nos aterros sanitários. Os bairros históricos (Estrela de Ouro, Graça, etc.), degradaram-se mais e mais mas tá-se bem, haja futebóis e desgarradas, cervejolas e moscateis. Os parques infantis é só vidros partidos e papelada, mas a juventude dá beijinhos. A reabilitação também está no ar, mas pelo que vi é só para os riquinhos de nome sonante.

Depois a grande capital produz os seus artistas expontâneos que do lixo fazem luxo, dão alma aos moribundos. O beat não pára mas os "omeletes" abundam e a juventude amarinha pelas paredes em busca do desespero.

Isto não vai lá com Sócrates nem com Platão, parece ouro mas é latão.

Busquei exemplos mas o que encontrei eram muito antigos ou tinham sido descontinuados. Existe alguém?
Aqui vai um do Porto:

http://www.ascasasdoporto.blogspot.com/

Rota da cortiça em Faro

Há uns tempos vi um site de uns tipos na América que desceram a um antigo silo atómico abandonado no meio do deserto

Claro que a aventura custou-lhes problemas com a lei, mas ainda assim, conseguiram publicar as fotografias do interior do silo do tempo da guerra fria.

Aqui em Faro não temos arsenal atómico - mas ainda assim - há químicos e poluentes com fartura por aí espalhados suficientes para envenenar metade da Ria Formosa e arredores.

Em missão ultra-secreta, visitámos o interior do que resta da antiga fábrica da cortiça de Faro - e convidámo-lo a entrar neste belo mamarracho deixado ao abandono numa zona nobre da cidade.

Pode ser que um dia os especuladores imobiliários e os pavões-parasitas que governam este país da treta aqui construam mais uma megalomanía para se encherem de dinheiro à grande.

Belo martelo

Ao lado da Central de gás de cidade

Em frente ao Pavilhão Multiusos

Na marina VIP

http://portiblogs.blogspot.com/

A seco, uma procurazinha para ver o estado da arte...

Várzea dos Vinagres

Enquanto a civilização se desmorona, fujo para os montes, lá para os lados dos vinagres, onde não há rede que me valha. Mas o destrocho foi mais rápido do que eu e chegou primeiro. Ah, porra. Amanhã lá regresso ao grande desmonoramento...

Palácio & Convento

Nesta terra houve tempos onde fluiam palácios e assoberbavam conventos. Portimão foi próspera e pródiga e ainda aparenta ser mas é uma falsidade.

No entanto estes exemplos de uma descarnada fealdade serão em breve novamente coisas de fábula: Pousada Michelin e Megacentro de Desportos. WoW!

No palácio transita o ópio, no convento vegeta o eremita a vinho de pacote.